quinta-feira, 12 de dezembro de 2013



"Vivo, sou militante. Por isso odeio quem não toma partido, odeio 


os indiferentes" - Gramsci

quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Infográficos da History

Segue quatro infográficos bem interessante e visualmente convidativos disponibilizados pelo canal History sobre a Indústria do Petróleo, da mineração, das ferrovias e sobre a história dos bancos. Vale a pena conferir pois trás bastante dados interessantes e pode ser um bom recurso didático. 





sábado, 7 de setembro de 2013

Einstein Socialista

    Ok, nessa linda madrugada de reflexões sociais poderia citar tantos autores das ditas ciências humanas, mas passando por alguns textos avulsos me deparei com um artigo do Einstein que só tinha ouvido falar: Por que Socialismo? 


     Já gostava bastante da referida pessoa por conta dessa frase aqui:

"Quando eu era jovem o meu sonho era tornar-se geógrafo. Entretanto, antes de ingressar no curso superior, quando trabalhei num escritório, numa atividade que envolvia consumidores de diversas partes, comecei a pensar mais profundamente sobre essa questão e concluí que essa disciplina deve ser extremamente complexa e difícil. Após alguma relutância, acabei optando pelo estudo da Física." 

      No entanto após ler o artigo de Maio de 1949 que ele escreveu para a revista Monthly Review estou mais disposta a ler coisas do cara considerado um dos maiores gênios da história. 
     O texto já começa com uma provocação "É aconselhável que alguém que não é um especialista em assuntos econômicos e sociais expresse suas opiniões acerca do tema do socialismo? Creio, por uma quantidade de razões, que sim." Ou seja, sou leigo no assunto, mas não sou idiota e posso dar minha opinião com base no que estudei e analisei (que imagino não seja pouca coisa).
Ao longo do texto é exposto como tudo é construído socialmente (apesar de existir o biológico), até mesmo a ciência é fruto da sua sociedade e serve ao interesse da mesma, daí sua crítica ao sistema educacional que produz uma "atitude exageradamente competitiva no estudante que é treinado para adorar o êxito da aquisição como uma preparação para sua futura carreira." 
Na minha interpretação pareceu que ele coloca assim: ou a sociedade muda (de uma forma que ainda não sabemos exatamente como), mas que tudo indica é pelas vias do socialismo ou será o fim da humanidade. Einstein coloca assim:

"Estou convencido de que há somente uma forma de eliminar estes graves malefícios: através do estabelecimento de uma economia socialista, acompanhada por um sistema educacional que seja orientado para fins sociais. Em tal economia, os meios de produção são propriedade da própria sociedade e utilizados de maneira planejada. Uma economia planejada, que ajuste a produção às necessidades da comunidade, distribuiria o trabalho entre todos aptos a trabalhar e garantiria os meios de vida de todos, homem, mulher e criança. A educação do indivíduo, além de promover suas próprias habilidades inatas, intentaria desenvolver em um sentido de responsabilidade por seu próximo, em lugar da glorificação do poder e do êxito em nossa sociedade atual."

Nos últimos parágrafos ele coloca a importância de se pensar sobre esse socialismo para que ele se realize efetivamente. 


"Sem embargo, é preciso recordar que uma economia planificada não é todavia o socialismo. Uma economia planificada como tal pode ser acompanhada pela completa escravização do indivíduo. A realização do socialismo requer a solução de alguns problemas sócio-políticos extremamente difíceis: “como é possível, considerando a muito abarcadora centralização do poder, conseguir que a burocracia não seja todo poderosa e arrogante? Como podem proteger os direitos do indivíduo e mediante ele assegurar um contrapeso democrático ao poder da burocracia?”

Ter claras as metas e problemas do socialismo é de grande importância nesta época de transição. Dado que, nas circunstâncias atuais, a discussão livre e sem travas destes problemas são um grande tabu  considero a fundação desta revista um importante serviço público.


 Enfim, o texto é incrível e deixa bem claro que o físico acreditava no fim desse sistema (mesmo que sem ter um manual de "como acabar com o capitalismo). Assim, esqueça tudo que você sabe sobre Einstein, porque pra começar ele queria ser geógrafo  e tendia ao socialismo. 

domingo, 1 de setembro de 2013

Urbano (mesmo que imperfeito)

Grupo de fotos que estou retratando como " Urbano". São de máquinas diferentes (inclusive algumas do meu celular) e assim de diferentes "qualidades". Também são de diferentes localidades na vã tentativa de eternizar os momentos e carregar comigo um pouco dos lugares por onde passei. 

Sorocaba









domingo, 18 de agosto de 2013

Site da BBC com dados da População Mundial

"Sete bilhões de pessoas no mundo: saiba em que posição você está" é chamada da BBC para os curiosos dados que eles estão disponibilizando em seu site e que podem ser utilizados em aula sobre Geografia da População. 

 O link pode ser acessado aqui

São três etapas. Na primeira você coloca a sua data de nascimento e descobre o "seu número" na população mundial na época em que nasceu e também o número que você representa  no total da população humana. Na segunda etapa você escolhe o seu país e tem acesso ao número de mortes e nascimentos por hora. É legal ficar comparando com diversos países. E por fim é só selecionar o seu sexo e descobrir a expectativa de vida do seu país. 

O meu resultado final ficou assim: 



Legal, não? 

Recife Frio - Kleber Mendonça

Daqui há alguns anos...



   Recife Frio é um daqueles filmes mega geográficos que todo professor deveria ter no seu acervo, entendendo acervo como: filmes para utilizar em sala de aula. O filme de Kleber Mendonça mostra em formato de falso-documentário o curioso caso de quando Recife, uma cidade brasileira conhecida pelo seu calor constante, começa a sofrer com uma mudança de clima drástica sem causa aparente. Recife se torna um lugar frio. 
  O documentário faz parte do "programa" "El Mundo en movimento" que começa falando sobre um estranho meteorito** que caiu na região e que talvez tivesse sido a causa da queda brusca da temperatura. Apesar de não ter nada que comprove se o responsável pelo frio foi  mesmo o tal do meteorito semana depois pinguins começam a chegar às praias de Recife. 


  E o filme é incrível não só porque mostra como as mudanças climáticas modificam o cotidiano e a paisagem da cidade, mas também porque elucida elementos sociais de um outro lado de Recife e região. Depois dos sete meses sem sol o repórter faz diversas entrevistas com a população perguntando sobre "los cambios". Uma das sequência de cenas que mais me marcou são que retratam a família cujo filho escolheu trocar de quarto com a empregada porque esse é mais quente. Em outro tempo ninguém queria o quarto da empregada por justamente se localizar na parte mais quente do apartamento e ser demasiado pequeno. 
  Outra contradição demonstrada nesse filme, que poderia ser classificado como ficção cientifica, é a situação do morador de rua, que com tal friaca e nenhuma assistência morrem aos montes - algo que nos lembra bastante São Paulo no inverno. 
   Casos de um senhor que interpreta o papai noel todo ano e que fica feliz com a mudança, dos lojistas e a adaptação das mercadorias, da falência de hotéis e outras situações são representadas no filme que traz reflexões sobre mudanças climáticas, desigualdade social, politicas de higienização urbana e urbanismo crítico.



** Só para lembrar a diferença entre meteoro, meteorito e afins: 


terça-feira, 6 de agosto de 2013

IV Semana de Estudos da Geografia (UFSCar Sorocaba)- Geografia e Ensino: Desafio e Novas Abordagens

    É com grande satisfação que veio divulgar a IV Semana de Estudos da Geografia da Universidade Federal de São Carlos- campus Sorocaba, que esse ano trás como principal tema a questão do Ensino de Geografia .
     O evento que vai do dia 9 a 13 de Setembro também terá mesas para debater educação, movimentos sociais, o uso de novas tecnologias no ensino, quatro incríveis minicursos e muito mais. O público alvo são estudantes e professores de Geografia, mas está aberto para qualquer pessoa que queira debater educação e/ou se aperfeiçoar. 
    As inscrições já estão abertas e podem ser feitas pelo blog oficial do evento.
  Para mais informações acesse: IV Semana de Estudos da Geografia.





terça-feira, 30 de julho de 2013

As fascinantes rochas de Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte I - Malham Cove

Como uma boa geógrafa sempre que vejo um filme um dos elementos que mais recebe minha atenção são as paisagens. Assistindo novamente Harry Potter e as Relíquias da Morte Parte I não pude deixar de me perguntar (mais uma vez) que tipo de rocha é a aquela que aparece na cena em que o Harry e a Hermione acampam sobre um rochedo logo após a ida do Rony.



Depois de passar boa parte do filme pesquisando (e não prestando atenção no filme – salvo a cena do Conto dos Três irmãos e a morte do Dobby), achei o nome do lugar e o porquê de sua forma peculiar. O nome do lugar é Malham Cove, norte de Yorkshire, Inglaterra, e segundo esse site aqui a
 "famosa paisagem de Malham Cove é formada por um penhasco de calcário com 80 metros de altura. A transformação geológica foi causada por água de fusão no fim da Era do Gelo. No topo do penhasco há um pavimento de calcário, resultado do escoamento das geleiras, que acabou por construindo uma calçada natural de pedras excelente para caminhada. A região de Yorkshire vista do topo desta colina é fantástica."

Mais informações (bastante interessantes) sobre o local aqui.

Muito legal, não? Mais um motivo para amar Harry Potter. s2

segunda-feira, 15 de julho de 2013

CONTRA O FIM DE BOMB GIRLS!

(Cuidado, contém alguns spoilers)

Desde que entrei na Universidade perdi a paciência de assistir televisão e assim como tantos universitários baixo tudo que quero via internet ou pego com os colegas. Espero não ser presa por isso.
Em um dia cinzento comum buscava por uma série nova que me animasse e encontrei uma excelente, seu nome é Bomb Girls. Diferente de tudo que já vi, a série canadense tem como cenário uma fábrica de bombas da II Guerra Mundial para combater os nazistas.  Nessa fábrica somente mulheres trabalham na linha de montagem, muitas deixando suas casas para irem trabalhar. O que o seriado deixa a entender é que esse é o momento em que as mulheres entram massivamente no mercado de trabalho no Canadá, em várias cenas as trabalhadoras agradecem à guerra pela oportunidade de se tornarem independentes.
As protagonistas da série são Lorna Cobbet, Gladys Withan, Betty McRae e Kate Andrews, cada uma delas conta com personalidades incríveis e mereciam uma postagem individual. Lorna é matriarca da fábrica, responsável por manter tudo em ordem e mesmo assim recebe menos que os homens, com forte senso de justiça, e problemas em seu casamento (o marido perdeu a movimento das pernas após lutar na I Guerra Mundial). Gira em torno da personagem questões como o aborto, as diferenças étnicas, luta por melhores condições de trabalho, e também dá uma visão inversa sobre a “necessidade sexual dos homens” que é sempre uma argumentação quando o assunto é traição.

Lorna,Gladys, Betty e Kate - as protagonistas.

Gladys, por sua vez, é a única rica do grupo, no entanto apesar de não ter nenhuma necessidade financeira, escolhe escolhe trabalhar na fábrica mesmo assim. Fingindo trabalhar no escritório, ela esconde de seu pai que  na verdade exerce a função de montadora das bombas na linha de montagem. A personagem acredita que trabalhando construindo bombas pode ajudar no campo de batalha e “dar um tapa na cara do Hittler”. 
Com uma forte ideologia ela consegue convencer o seu noivo a ir para guerra e no cenário local da fábrica incita as mulheres a lutarem. A principal questão que se discute com a personagem é a liberdade sexual das mulheres, tanto em torno do mito da virgindade feminina quanto sobre a possibilidade de se ter vários parceiros, desmistificando a imagem da mulher de um único homem que deve noivar e casar.
Betty e Kate, por sua vez, têm suas histórias conectadas. As duas moram em um pensionato para mulheres, a segunda consegue fugir do pai que era religioso fervoroso e contra qualquer tipo de liberdade das mulheres. Por ter essa base religiosa tão forte, Kate tem problemas em aceitar os sentimentos que Betty tem por ela, que vão muito além da amizade e aparentemente é reciproco (apesar dela tentar fugir desse sentimento). As duas se distanciam amorosamente, inicialmente Betty começa a namorar um homem (na tentativa de fugir de sua lesbianidade), o Ivan, porém não gosta e termina. Depois Kate começa a namorar o mesmo homem, o Ivan, porém no mesmo período surge uma soldada chamada Teresa que inicia um relacionamento com Betty. Além das questões sobre sexualidade, Betty é marcada pela liderança, sempre à frente na luta das mulheres na fábrica.
Só com essas informações já deu para perceber que o seriado trabalha com diversas causas sociais em torno das mulheres e é simplesmente incrível! Porém, apesar de receber boa crítica e ter um público crescente de fãs o canal canadense, Global, anunciou em Abril desse ano que irá cancelar o seriado (mais informações acesse aqui). O que me faz pergunta, por quê?? Será que é medo das consequências que uma série feminista pode causar? Ainda mais sabendo que as mulheres ainda hoje recebem menos do que os homens e que são a massa da mão-de-obra barata no mundo?
Não vejo motivos para cancelar uma série que estava fazendo sucesso, tinha boa crítica e trabalhava questões tão abertas que outras produções televisivas ignoram. Por essas e outras que me declaro CONTRA O FIM DE BOMB GIRLS! O que não é só uma birra por uma série que me apaixonei, mas também pelo direito da visibilidade da mulher nos meios de comunicação como protagonista de nossa história.

A primeira e a segunda temporada podem ser baixadas aqui.
  

domingo, 14 de julho de 2013

Até logo, Paraguai.

Já têm umas duas semanas que estou de volta ao Brasil e já tem um tempo que queria escrever palavras de despedida do intercambio. Porém, é difícil definir os cinco meses que passei por lá. Experiências boas e ruins.

Uma parte de mim vai sentir falta da cultura daquele país, das pessoas, do tererê (apesar de ter comprado o meu) e até mesmo de comer empanada com pão.
Acho que a temática em torno do Paraguai vai entrar para o meu grupo de combate ao senso-comum. No Brasil temos a triste mania de chamar de paraguaio tudo que estiver relacionado à falsificação e a má qualidade, o que é muito triste de se fazer com o gentílico de um país. Assim, como não gostamos da associação de brasileiros com carnaval e bunda. Além disso, o Paraguai é muito maior do que Ciudad del Este (cidade fronteiriça com Foz do Iguaçu que é o polo comercial do país) e que só existe por conta dos brasileiros. Sim, somos nós o mercado consumidor massivo. Se não fosse pelos brasileiros os tais “produtos paraguaios” não teriam permanecido por tanto tempo. E gente, fala sério, os produtos nem se quer são feitos no Paraguai, são todos chineses, o que é curioso que a palavra “chinês” ainda não tenha a força do significado de falsificação que “paraguaio” tem.
Inclusive, é válido lembrar que o Brasil é um dos maiores problemas dos paraguaios, sendo o caso maior a questão da propriedade privada da terra. O latifúndio brasileiro é uma praga tão grande que ultrapassa as fronteiras. Graças à problemática questão da Reforma Agrária (que se faz urgente nos dois países), o Paraguai está sofrendo nos últimos anos a inversão campo-cidade, que se manifesta nitidamente pelas mudanças na paisagem principalmente na capital, Assunção, com o aumento das favelas e do trabalho informal – você pode fazer as compras do mês ao embarcar em um ônibus no centro.
Ao recordar do Paraguai que lembremos do país que conseguiu preservar sua cultura, que fala não só a língua do colonizador, mas também a nativa. Ao lembrar do Paraguai que nos venha a mente a palavra “guarani”, dos fortes índios, do aquífero, que recordemos do enorme conhecimento popular sobre ervas medicinais, do tererê, do mate, do cocido e da chipa. E se for para falar de algo econômico que pensemos na moeda nacional paraguaia que é uma das mais estáveis da América.

segunda-feira, 3 de junho de 2013

População paraguaia chega próxima aos 7 milhões.

O site do IBGE cidades (http://www.ibge.gov.br/paisesat/) é uma das fontes mais rápidas de consulta de dados estatísticos dos países. 

Já tinha um tempo que não dava uma olhadinha e me surpreendi quando vi que eles estão com os dados atualizados, inclusive as estatísticas sobre o Paraguay são mais atuais do que as que encontrei na  própria Dirección General de Estadisticas, Encuestas y Censos -DGEEC.
Segundo esses dados, cuja  fonte primária é a ONU, o Paraguay se encontrava em 2012 com uma população aproximada de 6.682.943, ou seja, estão pertinho dos 7 milhões de habitantes (fig. 1). 

Figura 1- Tabela Síntese - Paraguai

Fonte: IBGE Países

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Paula Fernandes: por que Geografia?


Boa parte comunidade geográfica nacional assistiu recentemente a entrevista da Paula Fernandes no De Frente com Gabi, ou pelo menos o trecho que ela responde o porquê de fazer Geografia, e eu não fiquei de fora.




Assisti esse pequeno trecho através do Geografia Depressão e a minha primeira reação foi de pensar: “fdp desprezando a minha Geografia, e a Gabi também, bitch.” Desde então estou para comentar algo aqui no blog, porém sou muito sistemática e pensei que não seria justo assistir só uma pequena parte da entrevista e sair por aí falando o que penso. E ainda bem que fiz isso, porque mudei completamente de opinião.
A entrevista começa com a Gabi citando a Paula Fernandes "Sertaneja solo tem que valer por dois homens" e então parei para pensar, não é que é verdade? Se formos analisar os grandes nomes da música sertaneja vamos nos deparar com um monte de dupla de homens. Só de ela ter entrado nesse meio e bater de frente com um perfil estereotipado que dominava esse núcleo musical já é motivo para ganhar o respeito de qualquer pessoa. E mais, ela ainda é compositora e o nome dela é Paula Fernandes mesmo (não tem um nome artístico como metade dos cantores sertanejos tem). Além disso, respondeu tudo calmamente com sinceridade e estava absurdamente linda.
Tudo se encaminhava bem durante a entrevista até que ela comenta que conseguiu sair da depressão com o primeiro passo que foi começar a trabalhar e isso permitiu com que ela cursasse uma faculdade, a Gabi a interrompe perguntando o porquê de escolher Geografia, sorrindo ela diz que era o curso mais barato e porque ela sempre gostou muito de Geografia.

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Dia dx Geógrafx



Hoje acordei com o pensamento feliz – é o meu dia como profissional (alias, eu tenho dois, contando com o dia da(o) professor(a)). Data que passei a amar desde o primeiro ano de faculdade graças a genial ideia da coordenação de realizar o trabalho de campo para Floresta Nacional de Ipanema (Araçoiaba da Serra, Capela do Alto, Iperó –SP) como finalização do evento de comemoração ao dia do geógrafo, algo que já virou tradição: toda turma de calour@s sua a camisa subindo o maciço. 



Confesso que só fui entender boa parte do que os professores falaram naquele dia no decorrer dos anos, mas o que me marcou não foi o conteúdo que tive que colocar no meu relatório, e sim o fato de ter conhecido o laboratório dx geógrafx, olhar toda aquela paisagem e ver o que tinha por trás do obvio. Desse dia em diante pude confirmar que ramo do conhecimento queria estudar e passei a amar mais ainda a Geografia.
Hoje é o meu quarto dia dx geógrafx como estudante de Geografia e consigo sentir o meu progresso como pessoa e como profissional e tenho certeza que ainda tenho muito a descobrir nos infinitos caminhos da Geografia.
Sem mais delongas quero primeiro agradecer a todxs professorxs de Geografia que fizeram e fazem parte da minha vida, com agradecimento especial para a professora Marcia - que na oitava séria me ensinou que era possível pensar o mundo criticamente-, a professora Volker -  que tanto me incentivou a cursar Geografia-, e a todxs professorxs da UFSCar Sorocaba que com muito esforço e dedicação fazem a Geografia crescer em todas as escalas. Obrigada mesmo, vocês são demais!


E por fim, um ótimo dia dx Geógrafx para todos amantes dessa maravilhosa ciência. 




terça-feira, 21 de maio de 2013

Dez motivos que me fazem feliz por ter escolhido GEOGRAFIA



Quem me conhece sabe que se existe uma coisa no mundo que deixa meus olhinhos brilhando é a Geografia. Sou completamente apaixonada pela carreira que escolhi seguir e muito feliz por cursar essa ciência que é incrível em todos os aspectos.  E pensando no meu amor por ela (Geografia) que fiz essa lista de como ela me faz feliz.


1º - Trabalhos de campo.  Para que ficar trancado em uma sala de aula quando o mundo é o meu laboratório? Pois é, essa é uma das vantagens que a Geografia oferece com primazia, os trabalhos de campo, e acreditem, eles não são passeios. São nesses momentos que você vai aprender mais sobre a Geografia, porque na nossa ciência é assim, você não só a estuda, você a vive. E tirando a parte acadêmica é um máximo fazer trabalho de campo com a sua turma, são infinitas histórias para contar, lugares maravilhosos que visitamos e fotos incríveis.

2º - Óculos para o mundo. Talvez essa expressão seja um pouco sensacionalista, mas é assim que a Geografia foi para mim: antes eu só enxergava, mas não via as relações por trás. E melhor, geógrafos veem tanto o aspecto social quando o ambiental. Essa intersecção entre geografia humana e geografia física é o que chamo de “óculos geográfico” e que uma vez utilizado sofra as consequências de não ser alienado.

3º - As múltiplas faces da Geografia. Está cansado de estudar pedologia? Vai estudar Geopolítica? Está cansado de Geopolítica? Vai para Geografia Agrária. Está cansado de tudo isso? Vai estudar cartografia.
OBS: A Geografia não é um monte de caixinha, mas para estudar é mais fácil essa divisão.

4º-  Não colaboro com o sistema.  Eu não queria participar desse sistema cruel, e acredito que a nossa profissão (professora/o) é uma das poucas que -se bem feito- podemos dizer que não colabora com o capitalismo. Eu não gero lucros para nenhuma empresa maldita e faço melhor, formo um número considerável de adolescentes revoltados com esse sistema, e para isso só preciso demonstrar através do debate e da investigação cientifica as mazelas geradas pelo capitalismo.


5º-  É uma das disciplinas mais interessante para lecionar.  Eu valorizo todas as outras “matérias” do currículo escolar, mas eu amo ser professora de GEOGRAFIA!  Sabe aquela coisa de trabalhar com a realidade do aluno? É impossível não fazer isso sendo professorx de Geografia. Você pode trazer qualquer coisa que está ensinando para o presente e usar exemplos do cotidiano. Além disso, a possibilidade de se trabalhar são infinitas: maquetes, músicas, literatura, cinema, etc. O MUNDO É GEOGRAFIA! E o mais legal, ao longo do ano instigando debates e investigações é possível notar o desenvolvimento crítico dos alunos, e isso não tem preço.

6º - Professorxs legais. Nem todos, ok? Mas de modo geral os professores das humanas tem a mente mais aberta e não te considera uma larva acadêmica. Escutam sua opinião e até valorizam. Nos conselhos temos direito a voz e voto (sem ter que lutar por isso), e como boa parte deles participou do movimento estudantil entendem as dificuldades dos alunos. Também sabem que somos pobres, então nos ajudam com xerox escanceando livros inteiros, emprestando quando possível, já vi professor pagar até trabalho de campo para aluno com dificuldade.    

7º- Você nunca fica sem assunto. Como Geografia é a ciência do presente nunca estamos sem assunto, pelo contrário, às vezes somos chatos porque temos opinião para quase todos os assuntos atuais. Além disso, não temos dificuldade de começar um assunto, sempre tem alguma “curiosidade” geográfica para puxar conversa.

8º Ligação com a história. Eu sempre amei história e fiquei na dúvida sobre que curso escolher na hora do vestibular, no entanto, o que eu só tinha uma noção  era que Geografia tem uma relação de amor com história “para entender o presente é preciso fazer um recuo no passado”.

9ª. A interdisciplinaridade. A Geografia tem relação com tantas outras ciências que é praticamente impossível enjoar de estuda-la. Geologia, Antropologia, Sociologia, História e tantas outras, que se você não quiser seguir o mestrado no ramo das ciências geográficas vai ter uma infinidade de áreas para escolher.

10º - Concurso Público. Se nada der certo, eu não gostar mais de ser professora, ou sei lá quero fazer outra coisa, sempre vai existir a possibilidade do concurso público. E Geografia é o que basicamente eles chamam de “conhecimentos gerais”, nunca vai te deixar na mão.

sábado, 18 de maio de 2013

Vamos descrever a paisagem?



Vamos descrever a paisagem? 

Eu sei, eu sei, muitos vão ler isso aqui e pensar: “Pô, descrição de paisagens, que positivista! A Geografia já saiu dessa fase...” 
E é verdade, a Geografia cujo único proposito era a descrição de paisagens já não existe, ao longo dos anos, os geógrafos perceberam que a complexidade do espaço vai muito além de uma simples descrição. E o que estou propondo aqui não é que voltemos nossos estudos nesse sentido, mas sim que prestemos mais atenção ao nosso entorno. 
É além da Geografia como ciência, é o também sentir o mundo como pessoas. Fenomenológico? Talvez, por que não? No entanto, para mim às vezes mais importante do que estudar e ter uma série de conhecimentos é vivenciar a questão; e a Geografia é uma ciência que permite que tenhamos essa união que pode ser muito prazerosa e nos levar a análises mais humanitárias. 
Eu posso ficar horas lendo sobre uma comunidade rural, mas só vou senti-la quando visitar uma. Eu leio e posso logo esquecer, mas as sensações que vivenciar a paisagem me proporciona leva há dias, meses, ou até mesmo anos, de reflexão. 
Um problema é que olhar uma paisagem pode ser simplesmente isso... olhar. Para sentir e entender além do que é dado é necessário ter certa gama de conhecimento (apesar de acreditar que essa reflexão pode levar ao conhecimento - em um sentido mais acadêmico). Assim como é necessário saber ler para entender o que está escrito em um livro, é necessário ter conhecimento para ler uma paisagem. 
 Além disso, é preciso querer, parar um pouco sua vida agitada e olhar para o que se olha todos os dias e perceber o que não se nota. Acho que toda pessoa que cursa Geografia sente a diferença que é olhar para um local qualquer antes e depois da Geo. É outra análise. Muitas pessoas não entendem a nossa relação de amor com o espaço, eu, por exemplo, posso ficar horas olhando a paisagem e isso não significa que não estou fazendo nada, pelo contrário, estou geografando. 

Volto agora para a pergunta que faço no começo: vamos descrever a paisagem? 
Mas por que descrever? Porque acredito que a descrição pode levar a descobrimentos. Às vezes na simples enumeração do que existe pode nos levar a coisas novas. Observe um lugar, agora enumere o que existe ali, de alguma forma irá surgir algo que você não tinha percebido antes. A descrição é algo fácil de fazer, o difícil é o depois, porém essa primeira fase é importante.  
Lembro-me das aulas de paleontologia que o professor sempre falava: “Na dúvida se o fóssil é verdadeiro ou não, ou que tipo é, desenhe.” E eis outro ponto que acho importante na descrição, o croqui. Quando se coloca no papel o que só seus olhos veem é como se a paisagem tomasse forma e os detalhes vão surgindo.
Eu gostava de fazer isso com os meus alunos da quinta série, levar uma foto e descrever o que tem nela, ou fechar os olhos e lembrar-se de outro lugar e irmos falando as diferenças e as semelhanças. Além do olhar geográfico ajuda bastante nas aulas de língua portuguesa, em bons livros metade da história é descrição de paisagens, onde  o autor através das palavras consegue nos transportar até o seu mundo imaginado ao ponto de conseguirmos visualizar a paisagem.
Para terminar fica a citação da definição de paisagem de Milton Santos:
                                    [...] tudo aquilo que nós vemos, o que nossa visão   alcança, é a paisagem. Esta pode ser definida como o domínio do visível, aquilo que a vista alcança. Não é apenas formada de volumes, mas também de cores, movimentos, atores, sons, etc. (Milton Santos, 1988).

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Universidad Nacional de Asunción - Fotos

Quando consegui a vaga para o programa de intercâmbio da AUGM logo fui atrás de informações sobre a faculdade e foram poucas as fotos que encontrei. Assim, para ajudar futuros estudantes segue as fotografias que tirei do campus de San Lorezeno que é onde fica a maioria das faculdades (lembrando que a UNA é a maior universidade do Paraguay e tem campus espalhado por todo o país). 


Como podemos ver no mapa acima, a Universidade é grande e não tem circular, ou seja, eu não fui em todos os lugares porque estava cansadinha e tinha aula. 

domingo, 5 de maio de 2013

Thabata's Method

Seguindo o método que a minha amiga Thabata usa para tirar algumas de suas fotos (e inclusive está fazendo um projeto sobre isso) tirei algumas fotografias com a câmera no chão e liguei o temporizador. O resultado até que ficou legal e eu já pedi permissão para postar, então segue as que mais gostei... :) 








sábado, 4 de maio de 2013

Universidad Nacional de Asunción

Muito bem, chegou a hora de falar sobre a Universidade onde faço intercâmbio. Estive evitando escrever sobre a  UNA (Universidad Nacional de Asunción) porque aconteceu tanta coisa desde que cheguei no Paraguai, tanta falta de comunicação e bola fora, que se eu escrevesse antes acho que seria processada por difamação. 

Demorou mais de uma semana para sair minha carta de admissão o que atrasou por dois meses o pagamento da minha bolsa. Ninguém me deu instruções sobre o visto, e quando deram estava errada. NENHUMA das informações no site da AUGM sobre a UNA corresponde com a realidade. E para melhorar, eles fingem que te escutam, mas não fazem PORRA NENHUMA NADA. 


Sobre alguns dados do programa:

Estou recebendo uma bolsa de 900.000 guaranis mensais (que nunca tem data certa para cair); 
Moro no alojamento da Faculdade de Engenharia (FIUNA) na cidade de Luque; 
Tenho direito a motorista quando solicito (isso é bem legal).

Sobre a Universidade:


É uma Universidade muito bonita e apesar de levar o nome da capital do Paraguai na verdade está localizada na cidade de San Lorenzo. Tenho gostado bastante das aulas, os professores são bons e os companheiros de turma bastante receptivos. Ao contrário da UFSCar de Sorocaba, o campus tem muitas árvores e bancos, as pessoas ficam jogando xadrez nas várias praças que tem na faculdade. Todas as salas possuem ar-condicionado e data-show e todos os alunos levam o seu termo e bebemos terere durante as aulas. 

A Universidade é enorme e eu fico na zona da Faculdade de Engenharia, então não tenho muitas fotos. Assim que der tiro mais e posto aqui. 




FIUNA - LUQUE











UNA - SAN LORENZO









quarta-feira, 1 de maio de 2013

Fanart

Eu não sei desenhar mas sempre quando me apaixono por um livro ou seriado começo a procurar desesperadamente por fanart (também adoro fanficion e fanmovie). Esses dias mexendo no meu hd externo encontrei algumas que gosto muito e resolvi compartilhar  (como  faz bastante tempo que as tenho não tenho a fonte, então se alguém reconhecer algum dos desenhos como seu é só falar que dou os créditos). 



Harry Potter